A primeira ida de Olívia Silva, portadora de deficiência motora, ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em Braga, foi uma autêntica odisseia. Situado num segundo andar, o SEF não tem elevador; apenas umas longas escadas, que impedem de lá chegar qualquer pessoa que se movimente de cadeira de rodas. Olívia pediu para ser atendida "Foram muito simpáticos, mas atenderam-me à porta de entrada do prédio". Ora "como estamos a falar de um serviço público, pedi o livro de reclamações porque hoje em dia uma situação destas já não faz sentido".
Feita a reclamação, o mais caricato vem depois "em vez de receber qualquer informação ou um pedido de desculpas, recebo a cópia da reclamação que me esqueci de trazer, onde estava anexado um post-it: devolva-se porque ficou esquecido". Quanto a qualquer resposta: "nada". Pedidos de esclarecimentos já foram feitos através da Associação Portuguesa de Deficientes, mas o silêncio mantém-se. As aventuras de Olívia Silva não se ficam por aqui. A entrada numa das mais famosas discotecas de Braga, situada no Campo da Vinha, foi-lhe vedada com o argumento: "Hoje é noite da mulher, a casa vai ficar cheia e nós estamos a zelar pela sua saúde". Ora como ainda faltava cerca de uma hora para a meia-noite, Olívia tentou protestar, mas "nada feito".
Os argumentos azedaram. Testemunhas ouvidas pelo JN dizem que perante a ameaça do caso cair na Comunicação Social, a resposta foi "Melhor, assim temos publicidade de graça". Nem com a presença da polícia, entretanto chamada ao local, as coisas acalmaram. "Os seguranças disseram que quem fazia as leis ali eram eles", conta uma cliente, entretanto chegada à discoteca.
As queixas de Olívia Silva sobre a forma como os deficientes são tratados em Braga estendem-se também aos transportes urbanos locais "Raramente inclinam os autocarros para podermos entrar e quando são chamados à atenção ainda resmungam". Casas novas cheias de degraus e falta de rampas nos passeios são mais algumas queixas. "Há rampas que nenhum carrinho consegue subir!", denuncia Olívia Silva, que acha que isto acontece "porque ninguém quer saber dos deficientes. Eles estão sempre a ser lembrados mas não querem saber".
Feita a reclamação, o mais caricato vem depois "em vez de receber qualquer informação ou um pedido de desculpas, recebo a cópia da reclamação que me esqueci de trazer, onde estava anexado um post-it: devolva-se porque ficou esquecido". Quanto a qualquer resposta: "nada". Pedidos de esclarecimentos já foram feitos através da Associação Portuguesa de Deficientes, mas o silêncio mantém-se. As aventuras de Olívia Silva não se ficam por aqui. A entrada numa das mais famosas discotecas de Braga, situada no Campo da Vinha, foi-lhe vedada com o argumento: "Hoje é noite da mulher, a casa vai ficar cheia e nós estamos a zelar pela sua saúde". Ora como ainda faltava cerca de uma hora para a meia-noite, Olívia tentou protestar, mas "nada feito".
Os argumentos azedaram. Testemunhas ouvidas pelo JN dizem que perante a ameaça do caso cair na Comunicação Social, a resposta foi "Melhor, assim temos publicidade de graça". Nem com a presença da polícia, entretanto chamada ao local, as coisas acalmaram. "Os seguranças disseram que quem fazia as leis ali eram eles", conta uma cliente, entretanto chegada à discoteca.
As queixas de Olívia Silva sobre a forma como os deficientes são tratados em Braga estendem-se também aos transportes urbanos locais "Raramente inclinam os autocarros para podermos entrar e quando são chamados à atenção ainda resmungam". Casas novas cheias de degraus e falta de rampas nos passeios são mais algumas queixas. "Há rampas que nenhum carrinho consegue subir!", denuncia Olívia Silva, que acha que isto acontece "porque ninguém quer saber dos deficientes. Eles estão sempre a ser lembrados mas não querem saber".
Pedro Antunes Pereira JN
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