Jack Rose, guitarrista de referência no contexto artístico internacional, apresenta-se no Theatro Circo para um concerto cuja primeira parte é protagonizada pelo também guitarrista norte-americano Hush Arbors.
Reconhecido como «um virtuoso das seis e doze cordas de aço e como um dos poucos que prossegue para novos territórios a partir do legado deixado ao instrumento pela escola de Takoma, de John Fahey, por Robbie Basho, Sandy Bull, Peter Wright ou Charley Patton» , Jack Rose regressa a Portugal, após uma ausência de três anos, para apenas dois concertos para apresentação dos temas entretanto editados em “Kensington Blues” e no recente álbum homónimo.
Partindo do inconfundível vocabulário dos “delta blues”, da raga indiana e de uma mescla de vários dialectos da guitarra, Rose afirmou-se como um dos raros criadores que se distingue pela capacidade de inovar a partir de músicas tradicionais telúricas, em direcção a resultados, formas e composições contemporâneas.
Desta forma, num estilo que se divide entre o “indie”, “blues” e “folk”, Rose traz a Braga alguns dos temas que reflectem as intensas viagens que antecederam a gravação do aclamado “Kensington Blues”, como “Calais To Dover”, “Cross the North Fork” ou Flirtin With the Undertaker”, entre muitos outros, que interpreta com um dedilhar caracterizado pela confiança, clareza e profundidade.
Natural do Estado da Virgínia (Estados Unidos da América), Jack Rose iniciou-se no contexto musical em meados dos anos 90, quando, ao lado de Patrick Best e Mike Gangloff, lança os “Pelt”, projecto que, ao fim de dez anos e doze álbuns editados, passa de uma banda de estilo electrónico influenciado por nomes como “Sonic Youth”, “Dead C” e pelo estilo minimalista de “Theater of Eternal Music”, para uma forma onde predominam claramente as sonoridades acústicas.
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