Nova lei permite aos partidos investirem na Bolsa e alugarem as suas sedes. Bancada socialista partiu-se
«O Parlamento aprovou ontem, em versão final e global, um novo regime do financiamento dos partidos que lhes permitirá, em tese, investirem na Bolsa de Valores ou rentabilizar o seu património imobiliário alugando-o para casamentos, baptizados (ou mesmo turismo rural).
«O Parlamento aprovou ontem, em versão final e global, um novo regime do financiamento dos partidos que lhes permitirá, em tese, investirem na Bolsa de Valores ou rentabilizar o seu património imobiliário alugando-o para casamentos, baptizados (ou mesmo turismo rural).
Tudo está no novo artigo 3.º, que regula as "receitas próprias" admissíveis nas contas partidárias. Doravante, serão permitidos os "rendimentos provenientes do seu património, designadamente arrendamentos, alugueres [daí os casamentos e baptizados] e aplicações financeiras [e daqui a possibilidade de investimentos bolsistas e até fundos de investimento]. Eram receitas que não estavam previstas na lei que agora vigora.»
A ter fé neste tal artigo 3º, as relações que eram consideradas perigosas com algumas empresas que financiavam os partidos, agora, deixam de o ser, porque, ficará assim tudo dentro da lei, a lavagem de dinheiro será agora bem mais fácil, mas quem é que vai querer alugar o edifício cor-de-rosa do PS no Largo do Rato para casar, ou melhor, quem quererá fazer a boda na quinta do PCP no Seixal. Já no caso dos investimentos bolsistas, vamos fazer um pouco de futurologia, suponhamos que o partido X teria milhares de acções da Portugal Telecom, e que de repente a PT fez um grande negócio ao vender uma participação de uma empresa (como ocorreu recentemente), no final ano distribui os seus dividendos pelos seus subscritores, o partido X, tal como os outros accionistas terá de receber a sua parte, ora, como reagiria o partido X se estivesse no governo ao saber que a PT queria pagar os dividendos antes do fim do ano para ficar isento da nova taxa de 29 %? Este é precisamente o caso que temos actualmente entre PS e Portugal Telecom.
Caminhamos rapidamente para a decadência total na política portuguesa.
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