Introdução:
Pássaros Feridos é a saga vigorosa e romântica de uma família singular, os Clearys. Começa no princípio deste século, quando Paddy Cleary leva a mulher, Fiona e os sete filhos do casal para Drogheda, vasta fazenda de criação de carneiros, propriedade da irmã mais velha, viúva autoritária e sem filhos; e termina mais de meio século depois, quando a única sobrevivente da terceira geração, a brilhante actriz Justine O’ Neill, muitos meridianos longe das suas raízes, começa a viver o seu grande amor.
Personagens maravilhosas povoam este livro: o forte e delicado Paddy, que esconde uma recordação muito íntima; a zelosa Fiona, que se recusa a dar amor porque este, um dia, a traiu; o violento e atormentado Frank e os outros filhos do casal Cleary, que trabalham de sol a sol e dedicam a Drogheda a energia e devoção que a maioria dos homens destina às mulheres; Meggie, Ralph e os filhos de Meggie, Justine e Dane. E a própria terra: nua, inflexível nas suas florações, presa de ciclos gigantescos de secas e cheias, rica quando a natureza é generosa, imprevisível como nenhum outro sítio na terra.
Personagens maravilhosas povoam este livro: o forte e delicado Paddy, que esconde uma recordação muito íntima; a zelosa Fiona, que se recusa a dar amor porque este, um dia, a traiu; o violento e atormentado Frank e os outros filhos do casal Cleary, que trabalham de sol a sol e dedicam a Drogheda a energia e devoção que a maioria dos homens destina às mulheres; Meggie, Ralph e os filhos de Meggie, Justine e Dane. E a própria terra: nua, inflexível nas suas florações, presa de ciclos gigantescos de secas e cheias, rica quando a natureza é generosa, imprevisível como nenhum outro sítio na terra.
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Um pouco da história...
“…No dia 8 de Dezembro de 1915, Meggie Cleary completou o seu quarto ano de vida. Depois de retirar os pratos do pequeno-almoço, a mãe, sem proferir palavra, enfiou-lhe um embrulho de papel pardo debaixo do braço e mandou-a sair. Meggie
foi acocorar-se atrás da moita de tojos que crescia ao pé do portão da frente
e começou a puxar o papel com impaciência, mas os seus dedos eram desajeitados e
o embrulho grosso; o cheiro dele, muito leve, lembrava o da loja de Wahine,
donde concluiu que o que se achava dentro do pacote, fosse lá o que fosse, tinha
sido milagrosamente comprado e não fora feito em casa nem oferecido.
Uma coisa linda e vagamente dourada principiou a surgir a um canto; ela puxou o
papel mais depressa, descascando o embrulho como se descascasse uma banana, em tiras compridas e irregulares.
- Agnes! Oh, Agnes! - exclamou com amor, pestanejando para a boneca deitada num ninho de trapo. m milagre, com efeito. Só uma vez em toda a sua vida Meggie estivera em Wahine em Maio, havia muito tempo, por ter sido uma menina boazinha. Encarrapitada na charrette, ao lado da mãe, muito bem comportada, sentira-se tão emocionada que não vira quase nada e lembrava-se de menos ainda. Excepto Agnes, a linda boneca sentada no balcão da loja, que vestia uma saia-balão de cetim cor-de-rosa, com folhos de renda cor de creme. Ali mesmo, naquele momento, baptizara-a com o nome de Agnes, o único que conhecia suficientemente elegante para uma criatura sem par como aquela. Entretanto, nos meses que se seguiram, o seu desejo de possuir Agnes não se nutria de esperança alguma, Meggie não tinha bonecas e não sabia que as meninas e as bonecas haviam sido feitas umas para as outras…”
foi acocorar-se atrás da moita de tojos que crescia ao pé do portão da frente
e começou a puxar o papel com impaciência, mas os seus dedos eram desajeitados e
o embrulho grosso; o cheiro dele, muito leve, lembrava o da loja de Wahine,
donde concluiu que o que se achava dentro do pacote, fosse lá o que fosse, tinha
sido milagrosamente comprado e não fora feito em casa nem oferecido.
Uma coisa linda e vagamente dourada principiou a surgir a um canto; ela puxou o
papel mais depressa, descascando o embrulho como se descascasse uma banana, em tiras compridas e irregulares.
- Agnes! Oh, Agnes! - exclamou com amor, pestanejando para a boneca deitada num ninho de trapo. m milagre, com efeito. Só uma vez em toda a sua vida Meggie estivera em Wahine em Maio, havia muito tempo, por ter sido uma menina boazinha. Encarrapitada na charrette, ao lado da mãe, muito bem comportada, sentira-se tão emocionada que não vira quase nada e lembrava-se de menos ainda. Excepto Agnes, a linda boneca sentada no balcão da loja, que vestia uma saia-balão de cetim cor-de-rosa, com folhos de renda cor de creme. Ali mesmo, naquele momento, baptizara-a com o nome de Agnes, o único que conhecia suficientemente elegante para uma criatura sem par como aquela. Entretanto, nos meses que se seguiram, o seu desejo de possuir Agnes não se nutria de esperança alguma, Meggie não tinha bonecas e não sabia que as meninas e as bonecas haviam sido feitas umas para as outras…”
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Titulo: Pássaros Feridos
Ano de Edição/ Reimpressão: 2005
Autor: Colleen McCullough
Editora: Difel
Idioma: Português
N.º de Páginas: 624
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