# Corporativismo crónico, por: Tiago Loureiro
{Apesar de Portugal precisar de médicos, a verdade é que ser médico por cá continua a ser um privilégio apenas ao alcance daqueles que consigam notas muito acima da média, tenham ou não verdadeira vocação para a função. Se não se pede tal coisa, nem nada que se pareça, a futuros advogados, engenheiros e gestores, fica difícil perceber o porquê de ser médico estar apenas ao alcance de “super-alunos”. Será assim tão difícil perceber os meandros da prática médica que só alguns “iluminados” o conseguem fazer? Será que o acerto de um diagnóstico médico está dependente de uma média de 18? Será que a precisão de um cirurgião é tanto maior quanto maior for a sua nota de acesso à universidade?} in: Papel Pedra Tesoura
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# O Benéfico megalómano, por: Cadima Ribeiro
{Os constantes investimentos públicos na área metropolitana de Lisboa é que possibilitaram todo o investimento privado que favorece a vida dos seus habitantes. Alguma vez se imagina um CEO (director executivo de empresas) asiático, representante de uma multinacional enriquecida pelo aproveitamento comercial das tecnologia de informação, que viaje até Portugal, fazer de seguida o trajecto até Vila Real ou mesmo Braga, depois de 5 a 8 horas de voo?} in: Economia portuguesa
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# Obrigados a Endividarem-se, por: Bruno Alves
{Em entrevista à TSF, o dr. João Salgueiro afirmou que o elevado endividamento dos portugueses é resultado "das campanhas publicitárias agressivas" (da compra de casa, automóvel, aparelhos de televisão, etc.) e da "mentalidade" dos consumidores portugueses. É óbvio que, em parte, a culpa do endividamento excessivo dos portugueses é daqueles que se endividaram excessivamente, "aliciados" pelas campanhas que os incitavam a comprar o que quer que fosse. Mas em Portugal, há uma parte desse endividamente que, na realidade, não é propriamente responsabilidade dos consumidores portugueses, pois eles não têm verdadeira escolha: não estou a falar de anos e anos de incentivo político ao endividamento (afinal, as pessoas só responderam a esse incentivo porque quiseram), mas de anos e anos de uma lei das rendas que, na prática, obriga os portugueses a endividarem-se, ao estrangular o mercado do arrendamento não deixando alternativa à compra de casa, e ao endividamento que ela implica. Ao contrário do que o dr. João salgueiro diz, o endividamento excessivo em Portugal é, pelo menos em parte, resultado de uma política deliberada, que por medo de perder votos dificulta a vida das pessoas.} in: Desesperada Esperança
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