# Desilusão
{como é que alguém, com sucessivas e importantes responsabilidades na construção do sistema e discurso político nos últimos 30 anos, consegue falar como se nada fosse da sua responsabilidade? Saberá que quando esses temas são abordados pelos jovens, dentro dos Partidos, o seu espaço é esmagado e que sobra apenas indiferença na comunicação social? Saberá que as estruturas de Juventude têm funções de vanguarda social e que os temas de civilização são um grande contributo para melhorar esta sociedade que a geração fazedora de Abril criou, e de que beneficiou, com um egoísmo hoje evidente, remetendo para as franjas sociais, académicas e profissionais milhares de jovens? Propostas que concretizem a igualdade são fracturantes num Partido de Esquerda? Saberá que quando um Partido está no Governo gera dezenas de quadros com acesso privilegiado a informação oficial, fragilizando a capacidade argumentativa dos que estão fora e, porque são jovens, enfrentam sempre os argumentos pragmáticos contra os seus argumentos de sonho} in: ad confessionem
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# Escolas públicas e privadas
{no último sábado, o primeiro-ministro relembrou que a educação era a “a prioridade das prioridades”, acrescentando estar empenhado em “atingir maior igualdade social através da aposta no ensino”. Pode Sua Exª berrar à vontade contra os “bota abaixo” – nos quais me incluirá – mas os recentes exames do 12º ano estão aí para provar que as escolas públicas deixaram de premiar o esforço. Se hoje tivesse filhos pequenos, não os matricularia numa escola pública: não porque os docentes sejam piores do que na privada, mas porque, devido aos programas, regras e cultura impostos pelo Ministério, o ensino está degradado. Há dias, o Diário de Notícias anunciava, como se fosse um milagre, que oito em cada dez alunos frequentam escolas públicas. Perguntem a estes pais se lá manteriam os filhos caso as privadas fossem igualmente gratuitas} in: o carmo e a trindade
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# Deus não pode salvar o rio Jordão, mas Israel e a Jordânia podem
{muito se tem falado e especulado sobre o papel da Rússia enquanto actor nas relações internacionais no mundo pós-guerra Fria. Após os anos de "ressaca"seguidos à queda do "império", a Rússia começou a demonstrar aos poucos que não tinha alienado as suas características que a definiram durante alguns séculos enquanto nação e Estado. O ex-presidente Vladimir Putin foi o grande responsável por esse "acordar", mas acabou por ser já no mandato do seu sucessor que o "urso" decidiu rosnar para todo o mundo ouvir. A crise da Geórgia serviu para afirmar de uma forma peremptória uma Rússia que andava desesperadamente a tentar reencontrar a grandeza e orgulho do passado, entretanto, perdidos num espaço de poucos anos, sobretudo devido aos devaneios de Boris Yeltsin. E é para fazer face a esta Rússia (que muitos autores vêem com bastantes semelhanças à Rússia da Guerra Fria) que Francis Fukuyama fala precisamente num novo "realismo democrático"} in: o diplomata
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