Um texto, quase diríamos, autobiográfico, de um dramaturgo e guionista (são dele alguns guiões de filmes de Kusturica) praticamente desconhecido entre nós. Um policial negro e político, inscrito nos anos de tragédia balcânica. Profunda e dramática história de vidas, num contexto de advento de democracia, onde os traumas de uma sociedade e de um regime estiolam por dentro de cada um e o que chega à superfície, ao quotidiano (só aparentemente estranha e sem nexo). São estilhaços que há muito perderam a possibilidade de se reagrupar e formar um todo coerente. É exactamente nesta ideia de sequências desgarradas, construídas com ritmos e música de palavras, com olhares, risos e também traições, escutas, prisões, violações e abusos, que se mostra um mosaico que integra hoje esta Europa. Coisas que nos estão, afinal, ainda próximas, mas já aparentemente distantes. Como se a Vida fosse algo construído com um princípio, meio e Fim. Um jornalista, jovem estudante contestatário, hoje editor; um escritor à “procura” do editor e que, contas feitas e discussões havidas, quer afinal editar o resultado de anos e anos de pesquisa conduzida, enquanto polícia secreto (agora sem emprego) sobre esse tal editor. A vida passada a pente fino antes e depois da queda do regime. A democracia não garante a intimidade e a vida privada. (Rui Madeira)Autor: Dusan Kovacevic Encenador: Manuel Guedede Oliva Tradução: Regina Guimarães Cenografia: Arq. José Carvalho Araújo Figurinos: Sílvia Alves Desenho de luz: Fred Rompante Criação vídeo: Frederico Bustorff Actores: Rui Madeira, Teresa Chaves, Jaime Soares e Carlos Feio
22 e 23, 27 e 28 NOV QUINTA e SEXTA, TERÇA e QUARTA 21H30 PA1, 4 e 5 DEZ SÁBADO, TERÇA e QUARTA 21H30 PAwww.ctb.pt10 euros 5 euros.in:theatrocirco.com
22 e 23, 27 e 28 NOV QUINTA e SEXTA, TERÇA e QUARTA 21H30 PA1, 4 e 5 DEZ SÁBADO, TERÇA e QUARTA 21H30 PAwww.ctb.pt10 euros 5 euros.in:theatrocirco.com
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